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Mãe Apolinária de Oyá (Apolinária Matias Batista ou Apolinária Mathias Baptista)

Mãe Apolinária foi uma ialorixá que teve um papel fundamental para a desconstrução dos estigmas da religião de matriz africana e seu entendimento na capital do Estado, ao abrir sua casa para um grande público externo, permitindo registros jornalísticos com imagens de seus rituais. 


As informações sobre sua trajetória antes da década de 1930, são escassas. 


Registros do folclorista e etnógrafo Carlos Galvão Krebs (1914-1992) descrevem que antes da sua chegada na cidade de Porto Alegre, Apolinária foi filha de Santo da Bahia - estado onde morou - e teve sua iniciação na religião por Mãe Erminda de Oxum Bolomí, no culto dos Pretos Velhos. 

Relatos familiares apontam que teria frequentado o Terreiro de Mãe Menininha do Gantois.


Nascida em Tubarão, no estado de Santa Catarina, em 10 de março de 1912, sua mãe seria escravizada e teria fugido para um quilombo, segundo pesquisa do sociólogo Luis Gustavo Rudwer Silva. 


Conhecida pelas alcunhas de Mãe Picorrucha e Mãe Currucha, chegou em Porto Alegre no ano de 1934, onde se estabeleceu no bairro Mont Serrat, à rua Antonio Parreiras esquina com a Marylan, tendo como condutor na Nação Oyó o Pai Florentino de Ogum.


Neste local, fundou a casa de batuque e umbanda Sociedade Caboclos Amigos, frequentada pelo público vinculado a vários segmentos sociais, lugar que tornou-se também espaço para estudos sobre folclore e psicanálise aberto a partir de 1952. 


Grandes nomes como o do regente e folclorista alemão Friyz Jöde, e o psicanalistas Arnaldo Raskovsy e Ernesto La Plata observaram suas cerimônias para desenvolver estudos a respeito do “estado de santo” (Correio do 1959). 


Mãe Apolinária recebeu menção póstuma com o nome de um logradouro no Morro Santana e ainda hoje restam as ruínas do antigo terreiro que ficou inacabado, localizado na rua Beco de Souza, onde viveu até seu falecimento em 5 de junho de 1958. A homenagem decorreu de seu trabalho de assistência aos doentes e desamparados que abrigava em sua casa. 


Em 1988, centenário da abolição, Mãe Apolinária é reconhecida no calendário Vultos Negros do Rio Grande do Sul.


Essa pesquisa tomou como referência diversas publicações:

  • Pesquisas na internet

  • Jornal CORREIO DO POVO, em uma edição de 1959.

  • Livro de Carlos Krebs: Estudos de Batuque. Porto Alegre: publicação do IGTF, de 1988.

  • Livro de Gomes e Scherer Oliveira: Histórias de Batuques e Batuqueiros. Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre. Publicado em Pelotas, em 2021, e-book.

Livro de Luis Gustavo Ruwer SILVA: Saída de campo à Casa de Mãe Apolinária, de 2018.


Pesquisa de imagem: Leandro Machado

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